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CAPITULO I - Bom-dia RtNZ1W6


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CAPITULO I - Bom-dia

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Mensagem por Kheyos Qua Mar 18, 2015 1:47 am


CAPITULO I
"Bom-dia"


Vários eram os sons emitidos daquele pátio circundado por um edifício e com apenas uma árvore no centro, com um baloiço pendurado em um dos grossos ramos. As crianças corriam atrás crianças. Uma bola saltava de um lado para o outro no interior de um círculo composto por miúdos que a chutavam uns para os outros. Uma fila de raparigas formava-se no início de umas marcações quadradas desenhadas no chão, enquanto a da frente saltava de quadrado em quadro com apenas um pé, entre outras coisas. Alguns adultos observavam aquela miudagem, sendo os responsáveis pela ordem no local.

Adão, um rapaz de cabelo castanho aloirado, comprido e mal atado, olhava para uma das funcionárias enquanto esta tinha a sua atenção na direcção contrária à que ele se encontrava. A mulher envergava uma camisa branca, justa e apertada até ao pescoço, com o brasão da instituição do lado esquerdo, salientando a forma dos seus seios. Uma saia verde escura cobria-lhe as pernas até aos joelhos, condizendo com as suas sabrinas da mesma cor. O seu nariz suportava uns óculos com umas lentes circulares, e armação acastanhada. Após prender alguns dos seus cabelos negros atrás da orelha, ajeita-os.

Olha à vontade, mas é tudo o que verás – sussurra uma voz feminina ao ouvido do personagem que se volta rapidamente no seu sentido. À sua frente estava agora uma rapariga da sua idade, cabelo encaracolado castanho-escuro e vestida com roupas semelhantes às da funcionária, com as mesmas cores. Isso é o que tu pensas – Responde o rapaz com um sorriso de troça no rosto – Vê, aquela camisa deve ser ai do tamanho da tua, se olhares com atenção, dá para imaginar tão bem o que há por baixo, já tu. A rapariga olha para o seu peito raso e começa a corar, tentando escondê-lo com as mãos – Deixa de ser atrasado, ainda só tenho quinze anos, chegarei lá também! – Grita a rapariga, embaraçada. Até lá Sophia, a dona Marianne é quem me enche os olhos de satisfação – Adão levanta-se de sorriso no rosto e aproxima-se das costas de Marianne. Sem hesitar, levanta-lhe a saia e revela umas cuecas negras. Num berro enquanto tenta esconder a sua roupa interior com as mãos, a funcionária direcciona a atenção de todos no sucedido.

Serafim! – Gritou um dos responsáveis, gordo, de cabelo rapado e barba em torno da boca até ao queixo, do outro lado do pátio. Vestido com um uniforme igual à da sua colega, usando antes umas calças no lugar da saia e umas sapatilhas brancas. Dirigiu-se ao rapaz e dá-lhe uma chapada na nuca.

Ouve-se um estrondo e o rapaz acorda agora no dormitório dos rapazes. Tudo estava escuro. Vira-se de lado sobre a cama e acende o seu candeeiro de mesa, protegendo instintivamente os olhos da luz enquanto estes se ajustavam à mesma. Sentou-se na cama. À sua volta encontravam-se várias camas iguais à sua com outros rapazes deitados, ferrados no seu sono. Um novo estrondo faz-se ouvir, despertando a atenção de Adão. Levanta-se lentamente e dirige-se à larga porta do quarto. Abre-a com cuidado mas esta solta um rangido que faz alguns dos seus colegas mover-se nas camas. Assentando cada passo cuidadosamente, percorre de forma demorada o longo corredor. Um novo barulho se faz ouvir agora progressivamente misturado com o som de algo roçar o soalho de madeira. Este som torna-se mais audível no percorrer espaço. todo aquele barulho começava agora a misturar-se com outro que se assemelhava ao de umas molas de colchão. Ao seguir todo aquele barulho, o personagem chega a uma porta que dá a um dos quartos dos funcionários e abre-a o suficiente e espreita para o seu interior.

A luz do luar penetravam o quarto, iluminando a fonte de todos aqueles sons. Sob a janela, a cama movia-se ligeiramente de um lado para o outro sobre o chão, acompanhada pelas sombras, seguindo o movimento da pessoa que estava sobre esta. Olhando fixamente o quadro durante alguns segundos, o rapaz reparou que se trata do funcionário que o tinha agredido no pátio que, de joelhos e mãos sobre a cama, movimentava incansavelmente as ancas, cobertas por um lençol. Adão entra na divisão e ao circundar o espaço, repara que, do outro lado, estava alguém com uma estrutura semelhante à sua. Com um lençol sobre si, deixando apenas os braços de fora, tapava os ouvidos enquanto soltava um baixo choro que se misturava com a respiração ofegante do funcionário e um outro som de um terceira pessoa que o protagonista não conseguia ver devido à larga estrutura do homem. Ao conseguir finalmente aproximar-se, reparou que se tratava de Sophia, uma das suas colegas que, em lágrimas e de boca tapada com um lenço preso com uma das mãos do funcionário, tentava gritar. O rapaz fica perplexo, como se por momentos não soubesse o que estava a acontecer. Quando volta a si não conseguiu manter-se silencioso e, num grito, corre na direcção da cama. Agarra no candeeiro da mesa-de-cabeceira e arremessa-o ao pedófilo. Este, ao aperceber-se a tempo, tenta desviar-se mas cai no chão. Filho da puta – Solta o homem querendo gritar mas, em simultâneo, tentando não fazer barulho. Levanta-se e olha para Adão que tentava tirar a rapariga da cama, com dificuldade. Sophia só conseguia chorar e não tinha quaisquer forças para se erguer.

Vá lá Sophia, ainda tens quinze anos, não devias pesar como se já tivesses trinta – cita o rapaz, num tom de esforço. Serafim – Faz-se ouvir o homem – O que pensas que estás a fazer? – Murmura enquanto contorna a cama e agarra o rapaz. Larga-me cabrão!– Grita Adão, deixando cair a rapariga nua no chão. Adão Serafim, quem diria, “Knight of the Shinning Armor” – declara em tom de troça – Não percebo porquê mas, essa tua atitude deixa-me tão… – Respira fundo – Excitado – Num movimento brusco arremessa o rapaz contra o chão. Em meio de baixas gargalhadas, coloca-se sobre o jovem e vira-o de costas. Tapa-lhe a boca com uma mão e baixa-lhe as calças com a outra. O rapaz tenta oferecer resistência, mas sem sucesso. Quando se prepara para iniciar o acto, Adão morde-lhe a mão e arranca-lhe carne da mesma, deixando-o a sangrar e obrigando-o a larga-lo num guincho. Isso, guincha como o porco que és– Sussurrou o rapaz, tentando subir as calças ao levantar-se. Agarra novamente na rapariga, pondo o braço desta em torno do seu pescoço e circundando o tronco da jovem com o seu, subindo assim ambos os corpos.

No, no, no – Profere o homem, agarrando o rapaz com a sua mão não magoada e puxando o rapaz como se este nada pesasse, arremessando-o uma vez mais ao chão, e obrigando-o a largar novamente Sophia. Tu não és ninguém e ninguém irá acreditar em alguma coisa que digas, portanto, coopera comigo – Diz o homem no meio de um sorriso de satisfação, arrancando as calças ao rapaz e tentando uma vez mais possuí-lo sem misericórdia.

Não! – Gritou o rapaz. Deixa de se sentir agarrado e abre os olhos. Encontrava-se agora no exterior do internato. Olha à sua volta e fecha os olhos. Abre-os. Encontra-se agora na sua garagem. O jovem, agora com uma aparência mais velha, respira fundo, e levanta-se da cama, sentando-se. Coça a sua barba de três dias e a seguir a cabeça, entre as raízes das suas rastas. Olha em redor da sua improvisada casa, onde podemos encontrar colados às paredes vários cartazes de jogos. Na parede à sua frente tem uma televisão presa a esta e por baixo umas prateleiras com algumas consolas. Entre a televisão e a cama, que estava encostada à parede oposta, com outras duas prateleiras com várias revistas de banda desenhada e jogos, arrumados na vertical, estava uma mesa baixa. Sobre esta podemos ver várias revistas, jogos, tabaco de enrolar, pedaços de cartão e mortalhas espalhados, mais um comando de televisão, um cinzeiro e o seu portátil. À sua esquerda estava a porta da garagem com alguns desenhos e à sua direita uma porta para uma pequena casa de banho, uma pequena bancada, um fogão e um pequeno frigorífico. O rapaz debruça-se sobre a mesa e agarra no cinzeiro. Sobre estes esta um charro que ia a meio. Agarra-o e leva-o à boca. Olha novamente para a mesa e procura um isqueiro naquela confusão. Nada. Volta-se sobre a cama e procura-lo entre os lençóis e encontra-o debaixo da cama. Revela uma cara surpresa. Aproxima o isqueiro do charro e acende-o logo que a chama aparece. Dá uma tragada e cospe consequentemente o fumo para o ar. Só tenho saudades de ver a dona Marianne passar.


Última edição por Kheyos em Sex Mar 20, 2015 10:23 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por L Mars Sex Mar 20, 2015 1:16 pm

Começaste com um capitulo que parecia cómico e brincalhão e subitamente pimba um ambiente pesado e negro...
Parabens =)


Gostei e fiquei bem curioso pela tua escrita e pelo o que irá acontecer
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Mensagem por Kheyos Sex Mar 20, 2015 3:23 pm

Obrigado Mars, era um pouco isso que eu queria trazer, um personagem mais "lightmooded" num universo mais pesado, criando assim algum contraste. Danke mate.
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Mensagem por Mr.Puddin Sex Mar 20, 2015 8:42 pm

Gostei imenso do capitulo, especialmente desse inicio mais soft e depois de teres dado uma fim muito forte. Se bem que tive alguma dificuldade em ler algumas coisas que pareciam confusas, tenta melhorar um bocado melhor as descriçoes e as acçoes, de resto esta tudo optimo.
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Mensagem por Kheyos Sex Mar 20, 2015 9:10 pm

Mr.Puddin escreveu:Gostei imenso do capitulo, especialmente desse inicio mais soft e depois de teres dado uma fim muito forte. Se bem que tive alguma dificuldade em ler algumas coisas que pareciam confusas, tenta melhorar um bocado melhor as descriçoes e as acçoes, de resto esta tudo optimo.

Compreendo, e o facto de eu às vezes ter repetido algums expressões no mesmo parágrafo pode ter sido um dos motivos para te confundir. Tenho um enorme defeito em não reler o que escrevo. Mas não entendo o que queres dizer com melhorar as descrições e acções, achas que estão muito objectivas é isso? É que eu tenho um bocado noção disso, é demasiado tempo a escrever guiões, num guião tenho de ser tão objectivo que não posso "florear" muito como aqui. Contudo eu estou a contar reler o texto hoje e melhorar algumas coisas, mas só a nivel escrito, nada em relação ao capitulo. Obrigado pela tua opinião Smile
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